top of page
Buscar
Foto do escritorjeremias sani

Etenia Manjacos

Mais uma etnia para desvendar e desta vez vou apresentar a etnia Manjaca!


Na Tabanca onde esta etnia está centralizada, toca logo á vista os panos coloridos. Desde sempre, a tecelagem foi um dos seus costumes, um dos símbolos dos Manjacos. O som da tina, um som incomparável é mais um dos variados símbolos desta raça. Nos dias de hoje, não são apenas os Manjacos que habitam nas tabancas manjacas, mas sim várias etnias que se foram localizando no seu território. Nas tabancas dos manjacos, são proibidas quaisquer atitudes menos boas por parte dos mesmos, roubo, assassinato, etc, são altamente puníveis para esta etnia. Segundo eles, muita gente não se desloca às suas tabancas com receio de praticar algum “crime”, o que pode levar a um confronto direto com o Irã (bruxo), assim considera-se que Jeto (uma das tabancas manjacas), é uma ilha segura.


Ninguém se atreve derramar sangue ou a fazer frente a outras leis estabelecidas na ilha. Os Manjacos, uma etnia animista, acreditam que podem ser severamente punidos pelo irã, o espírito que os guia caso não façam caso do que diz a tradição. Nas suas tabancas, os homens mandam e as mulheres são submissas ás vontades dos maridos. Estes podem ter até cinco mulheres, dependendo do poder e das suas condições financeiras e económicas. Os Manjacos, para além dos famosos panos de Penti, também são mestres na arte de trabalhar o barro, mas os seus famosos cestos também são muito procurados. Na tradição Manjaca, os panos são usados em casamentos e em festas tradicionais, e estes são feitos apenas por as mulheres desta etnia. Toca-choro, é o nome dado á cerimónia que marca a partida de um ente querido (funeral), esta demora cerca de sete dias. Nesta etnia, a morte deve ser questionada e explicada. Não se entende a morte como algo natural, mas sim resultado do desejo de um outro alguém. Segundo a tradição Manjaca, quando morre alguém, o primeiro questionamento é a causa da morte e em outros casos quem o matou. O choro chama os seus antepassados, e esta etnia acredita que há vida após a morte.




Até os mais jovens respeitam os saberes dos homens grandes das tabancas. Os dias passam-se com muitos costumes antigos e a sociedade está organizada através das várias etapas que marcam a vida. Os Manjacos, intitulam-se com vários nomes táis como: Manjacos Pecixe, Manjacos Caió, Manjacos Oio, Manjacos Tame, Manjacos Pelundo, Manjacos Bula, Manjacos Djol, e por fim Manjacos Caboiana. Os Manjacos saíram originalmente dos Majacos Pecixe, tendo cada um destes Manjacos a sua própria e única língua. Guerreiros, corajosos e destemidos, fizeram frente aos colonos portugueses que se fixaram em Cacheu no século 15, que levou a Guiné-Bissau á independência nos anos 70. No inicio de Julho, quando as chuvas já ameaçam, os Manjacos já trabalham na produção do arroz pam-pam, é disto que vivem principalmente da agricultura, mas também são homens muito dados a pesca e a caça. O progresso aparentemente não os corrompe, nem os afasta das suas crenças e dos seus costumes, sendo estes homens e mulheres, que sabem identificar perfeitamente o seu chão.

12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentarios


bottom of page