Chegamos ao último post! E Nada melhor que desvendar a etnia Biafada!
São um grupo étnico com origens no Senegal e na Gâmbia, o subgrupo do povo Tenda, também chamados de Diolas. Na Guiné-Bissau, estão espalhados por várias tabancas na região de Quinara, principalmente no sul do país. Existem vários lugares sagrados que guardam a história desta etnia, principalmente na terra Impada. O porto desta terra, é mais um dos locais históricos dos Biafadas, permanecendo o passado nesses destroços. Este porto, era um ponto de partida dos escravos para a Europa num passado longínquo, feito através de um comércio pelos chefes das tabancas. O rio de Impada e os seus diversos braços, também são fonte de alimentação para muitos Biafadas. A pesca, é uma atividade muito praticada por esta etnia, sendo considerada uma pesca tradicional, visto que são utilizados utensílios próprios dos Biafadas. No chão desta raça, quando um estrangeiro visita a sua terra, são recebidos com calorosas recepções. São genuinamente calorosos. Os usos e costumes vem de longe, mas vão se perdendo com o tempo devido à sua crença no Ala. Apesar do islamismo orientar as novas gerações, ainda são muitos os hábitos animistas que prevalecem.
Tal como muitas outras etnias, também os Biafadas são agricultoras. Se antes viviam do arroz e da mandioca, hoje também plantam muito milho e batata. As mulheres, fazem uso da maxada para fazer o cultivo, passam dias e dias a operar esta função. Apesar do trabalho árduo do cultivo que leva vários dias, a mulher Biafada também tem tarefas de casa importantes para fazer. Consideradas mulheres trabalhadoras, as mulheres desta etnia tem apenas um dia de descanso que se realiza á sexta-feira. Vivem longe do isolamento social que condena as sociedades mais desenvolvidas. Os Biafadas, apreciam a convivência, dão e recebem, vivendo ainda numa verdadeira comunidade. A viola tradicional desta etnia, é feita de couro de cabra. Era usada nos tempos antigos para cumprimentar as pessoas de tabanca em tabanca e para receber dinheiro ao som deste instrumento. Este toque é muito importante para os Biafadas, parte importante e integral da sua cultura. Hoje em dia, esta tradição está cada vez mais a desvanecer para este povo, pois, os mais novos já não tem tanta sensibilidade com as histórias dos antigos.
Chegamos ao fim desta viagem, que significou tanto para mim. Tive o prazer de partilhar com vocês um pouco do meu país, e dar a conhecer a diversidade de etnias presentes e os seus costumes.
Espero que tenham gostado tanto desta viagem como eu!
Até uma próxima! ?
Comments